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domingo, 29 de maio de 2011

Editorial - Tempo de crescer

OLÁ, tem alguém do outro lado do monitor?
Produzir e manter um blog é como fazer análise. De um lado, voce fica deitado em um divã ou sentado em uma poltrona expondo seus gostos, desejos, opiniões e questionamentos sobre a vida, sobre coisas que te dão prazer, sobre teu trabalho, sobre tua família. Do outro lado, o terapeuta ouve, impávido e silente, a enxurrada de emoções que tu despejas. Um blogueiro multiplica esta situação por milhares de "terapeutas" virtuais e invisíveis, sem ter a oportunidade de um diagnóstico ou direcionamento rumo à cura.
Confesso que, depois de um ano de postagens, sinto-me um pouco decepcionado com o resultado de meu esforço. Esta inconformidade não está relacionada com meus visitantes, seguidores e eventuais comentaristas. Tenho acompanhado muitos colegas blogueiros que ao longo do caminho tem desistido de seus blogs, todos muito bons. Retirar de nossa rotina de família, relacionamentos e trabalho um razoável período do dia para pesquisar temas e assuntos, preparar postagens e publicá-las em nossos blogs, por puro dilantelismo e necessidade por dividir com anonimos amigos nossas ansiedades, desejos e alegrias torna-se cada vez mais complicado. Em um mundo capitalista como o nosso, esta atividade "pro bono" acaba retirando o nosso foco de nossas atividades laborais, no meu caso a arquitetura e urbanismo.
Tenho procurado parceiros culturais que possibilitem a manutenção do blog com a qualidade que norteou a minha proposta desde o início, além de fazer modificações na paginação do mesmo para melhorar sua aceitação. Atualmente, além do Urbanascidades, mantenho o Urbanasarquiteturas, o Urbanasmelodias, Urbanasimagens e o Urbanasculturais. Minha busca por apoiadores tem sido infrutífera, e para manter o blog vou modificar a periodicidade de postagens para reverter este tempo para minhas outras atividades.
Obrigado por acompanharem meu desabafo até aqui, e se quiserem fazer algum comentário, sintam-se a vontade.
Mudando de assunto, mas mantendo o foco, assisti ontem um ótimo filme com o Jeff Daniells, que é Richard, um escritor de meia-idade mal-sucedido que nunca cresceu. Abby é uma garota de 17 anos que perdeu a juventude depois de uma tragédia em sua família. Ambos são inseguros, ambos estão com medo de tomar grandes decisões e ambos dependem de amigos imaginários para guiá-los. Uma amizade inesperada surge então entre os dois… O filme é Paper Man, traduzido como Tempo de Crescer. Abaixo, trailer legendado do filme.
Para concluir nossa sessão de terapia, deixo com voces dois clássicos da música brasileira, as músicas "Pais e Filhos" do Renato Russo e "Como nossos Pais", do muitas vezes incompreendido Belchior, interpretada pela eterna pimentinha, sempre maior cantora brasileira, Elis Regina.
Duas canções que ainda tem muito a dizer sobre as relações humanas, principalmente em tempos que pais são filhos, filhos são pais, muitos pais de um filho só, a autoridade, os bons princípios, costumes e a moral subvertidos e subjugados, os mandamentos do "viver em sociedade", independente de sua crença, esquecidos, a ERA DO INDIVIDUALISMO, muito potencializada pelas ditas "redes sociais". E achávamos que os "avatares" eram somente um joguinho virtual. Falo de cadeira, pois com um adolescente de 17 anos em casa sentimos, a Sílvia e eu, a dificuldade de preparar para a vida um filho.


Um comentário:

  1. Acho suas postagens fantásticas. São bem escritas, variadas, informativas, mas
    pra mim, o mundo virtual/as postagens funcionam ser forem curtas, dessa maneira consigo ser assídua e participativa nos blogs. Gostaria de ter + tempo para tranquilamente me dedicar a blogs incríveis, assim como o seu, que conheci na Net, mas essa não é a minha realidade.
    abraços

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